home

plantel

contactos

plantel

apoios









media

uteis

arquivos

estatísticas

On-line



eXTReMe Tracker




terça-feira, julho 27, 2010

Tour de France de 'A' a 'Z'

Schleck, Contador, Petacchi e Charteau subiram ao pódio aos camisolas de vencedores
Fotos GETTYIMAGES, REUTERS, ASSOCIATED PRESS

A de Alberto Contador, tricampeão da Volta a França. O espanhol acabou por sair vencedor da marcação homem a homem com Andy Schleck mas sofreu como nunca: pressionado em todas as etapas pelo luxemburguês, vilanizado pela opinião pública no "caso da corrente" e em baixo de forma no contra-relógio individual, a confirmação do triunfo foi um verdadeiro alívio para 'el pistolero'. Faltou a vitória numa etapa para acompanhar a conquista da camisola amarela mas, como disse o próprio Contador, é mais importante ser o primeiro em Paris do que o primeiro no Tourmalet. Efectivamente, o Tour 2010 não esteve fácil para o ciclista da Astana mas o espanhol acabou por superar as adversidades e entrar para o selecto clube de ciclistas com cinco grandes voltas no currículo. Próximo objectivo? Provavelmente, igualar Eddy Merkx, Jacques Anquetil, Bernard Hinault e Miguel Indurain - isto é, se Andy Schleck não se atravessar no seu caminho...

El Pistolero subiu ao lugar mais alto do pódio pela terceira vez na sua carreira

B de BBox, a equipa francesa com mais sucessos nesta Volta a França. Conhecidas as dificuldades em assegurar os patrocínios para a próxima época, a BBox respondeu na estrada da melhor maneira possível: Thomas Voeckler e Pierrick Fédrigo conseguiram vitórias consecutivas na 15ª e 16ª etapas, enquanto Anthony Charteau surpreendeu tudo e todos ao conquistar a camisola de montanha graças a ataques nas etapas de dificuldade média.

C de Cancellara. O suíço da Saxo Bank viu uma época fabulosa - com vitórias no Paris-Roubaix e na Volta a Flandres - estragada por suspeitas de "doping mecânico" mas não se deixou abater e aproveitou a Volta a França para responder aos críticos. Sem que nenhum motor para além das suas pernas tenha sido detectado na sua bicicleta, 'Spartacus' venceu e convenceu no prólogo e no contra-relógio individual e vestiu a camisola amarela por um total de seis dias.

Denis Menchov fez um excelente contra-relógio individual

D de Denis Menchov. O russo da Rabobank esteve discreto mas regular durante toda a Volta a França e viu a sua prestação premiada com o lugar mais baixo do pódio, o seu melhor resultado de sempre na prova rainha do ciclismo mundial. O momento decisivo para esta conquista acabou por ser o contra-relógio individual, onde a sua excelência na disciplina lhe permitiu ultrapassar Samuel Sánchez (Euskaltel Euskadi) na luta pelo terceiro lugar à chegada a Paris. Com Contador e Schleck um nível acima de todos os outros, o vencedor da Vuelta 2007 e do Giro 2009 poderá nunca superar estes sucessos com a conquista do Tour mas é certo que já deixou a sua marca na principal prova do calendário internacional.

E de Expulsão. A edição 2010 da Volta a França ficou manchada pela expulsão de Mark Renshaw (HTC-Columbia) após a 11ª etapa. O australiano levou tão a peito a sua função de lançador de Cavendish que deu três cabeçadas a Julian Dean (Garmin) e, ainda não satisfeito, apertou Tyler Farrar (Garmin) contra as barreiras quando este lançou o seu sprint. O facto deste incidente se ter dado durante a corrida - ao contrário, por exemplo, do confronto físico entre Carlos Barredo (Quick Step) e Rui Costa (Caisse d'Épargne) - precipitou a decisão da organização de expulsar Renshaw, embora a vitória de Cavendish tenha sido validada.

F de França. O Tour 2010 proporcionou sucessos aos ciclistas franceses como há muito já não se via. A prestação não particularmente brilhante na classificação geral - o melhor classificado foi John Gadret (Ag2r), na 19ª posição - foi largamente compensada pelas seis vitórias em etapas, cortesia de Chavanel (na 2ª e 7ª etapas), Sandy Casar (FDJ), Christophe Riblon (Ag2r), Thomas Voeckler (BBox) e Pierrick Fédrigo (BBox) e com o pormenor destes quatro últimos terem conquistado os seus triunfos em dias consecutivos, entre a 13ª e a 16ª etapas. Nem os mais entusiastas fãs franceses poderiam ter imaginado um saldo final melhor...

Sérgio Paulinho venceu a 10ª etapa do Tour, com meta em Gap

G de Gap, a cidade onde Sérgio Paulinho foi o primeiro a cortar a meta. Na 10ª etapa desta Volta a França, o português da Radioshack conseguiu entrar na fuga certa e, no duelo final com Vasil Kiryienka (Caisse d'Épargne), soube lançar o sprint no melhor momento para garantir a primeira vitória portuguesa no Tour em mais de duas décadas, desde o triunfo de Acácio da Silva em 1989. Numa equipa com Armstrong, Leiphemer, Klöden ou até Brajkovic e Horner, tem o seu quê de irónico ter sido Sérgio Paulinho - um trabalhador de equipa incansável - a oferecer a única vitória à Radioshack. Contudo, o português soube aproveitar a sua oportunidade e foi premiado com um dia de glória que o confirma como o melhor ciclista nacional da última década - juntar um triunfo na Volta a França à etapa conquistada na Vuelta 2006 e à medalha de prata nos JO de 2004 é o que se chama pôr a cereja no topo do bolo.

H de Hesjedal e Horner. O canadiano da Garmin e o norte-americano da Radioshack terão sido, provavelmente, as maiores surpresas do top ten da classificação geral. Ryder Hesjedal ganhou liberdade após o abandono forçado do seu chefe-de-fila, Christian Vandevelde, e justificou o 7º lugar final, a 10'15'', pela determinação de permanecer com os melhores nas montanhas. Já Chris Horner, um veteraníssimo de 38 anos, viu o tempo dispendido a trabalhar para a equipa reposto pela entrada na fuga da etapa dezasseis - e, no fim, terminou como o melhor representante da Radioshack, na 10ª posição da classificação geral, a 12'02'' do vencedor.

I de Itália. No ciclismo moderno, o Giro d'Itália e a Volta a França são cada vez menos compatíveis - o Tour 2010 demonstrou que quem atinge o pico de forma em Maio difilmente recupera para a Grande Boucle. Efectivamente, a maioria das desilusões da prova são ciclistas que participaram na Volta a Itália: o vencedor Ivan Basso (Liquigas) ficou-se por um modestíssimo 32º lugar, a quase uma hora de Contador; Cadel Evans (BMC), quinto no Giro, ainda andou um dia amarelo mas acabaria na 26ª posição; o sexto classificado em Itália, Vinokourov, conquistou uma etapa mas falhou o top ten da geral; Carlos Sastre (Cervélo), oitavo, terminou o Tour em 20º sem brilho ou glória; e Bradley Wiggins (Team Sky) falhou a toda a linha, juntando um 24º lugar no Tour ao 40º arrecadado no Giro.

A bicicleta 'especial' de Jens Voigt

J de Jens Voigt. O veterano alemão da Saxo Bank protagonizou uma das mais caricatas histórias deste Tour 2010. Na 16ª etapa, a bicicleta de Voigt ficou despedaçada quando um pneu rebentou numa descida a mais de 70 km/h. Embora magoado, o segundo ciclista mais velho do pelotão queria prosseguir a prova mas os carros da sua equipa encontravam-se demasiado longe para lhe poderem dar uma nova bicicleta. Alcançado pelo carro-vassoura, Voigt recusou-se a desistir e, finalmente, a organização arranjou-lhe uma bicicleta... de tamanho júnior e pedais antiquados. Diz-se que "a cavalo dado não se olha o dente" e o 'gigante' alemão lá fez vinte quilómetros aninhado na tal bicicleta, até encontrar o carro da Saxo Bank. Ultrapassada esta peripécia, Jens Voigt concluiu a etapa, manteve-se longe de problemas até ao final da prova e chegou ontem a Paris na 126ª posição da geral.

K de Katusha. Depois de, já no ano passado, ter justificado o convite da organização, a equipa de origem russa voltou a ter uma prestação mais do que razoável na Volta a França. Joaquín Rodríguez foi a grande figura da Katusha, não só pelo triunfo na 12ª etapa mas também pelo seu oitavo lugar final na classificação geral.

Armstrong despediu-se da Volta a França

L de Lance Armstrong. O adeus definitivo do à Volta a França não correu como o heptacampeão desejaria. Depois de anos a escapar miraculosamente a quedas e falhas mecânicas, o 'boss' pagou a factura por inteiro neste Tour 2010: do furo no pavé às "duas quedas e meia" na 8ª etapa, tudo o que podia correr mal realmente aconteceu. Contudo, o decepcionante 23º lugar final de Armstrong não se justifica apenas por estes azares - a verdade é que, aos 38 anos, as pernas e a determinação já não são as mesmas, como se viu na etapa em que andou escapado. Ainda que a vitória da Radioshack na classificação por equipas lhe tenha permitido subir ao pódio de Paris por uma última vez, este Tour deixa um sabor amargo a todos os fãs de Armstrong - seria talvez preferível termos ficado com a imagem do ano passado, a de uma lenda no pódio a passar o testemunho aos novos valores do ciclismo.

M de Mark Cavendish. O sprinter inglês chegou ao Tour num momento complicado da sua carreira profissional: em baixo de forma depois da sua preparação para a época ter sido atrasada por problemas de saúde, sob um coro de críticas devido ao acidente causado na Volta a Suíça e altamente pressionado para repetir a fantástica prestação do ano passado, Cavendish arrancou para a prova sob uma forte tensão psicológica. O seu total fracasso nas duas primeiras etapas decididas ao sprint já faziam adivinhar o pior mas o verdadeiro Cavendish acabou por regressar na 5ª etapa, depois de Petacchi lhe ter dito que o problema estava na cabeça e não nas pernas. O mau início de prova impossibilitou-o de chegar à camisola verde mas as cinco vitórias em etapas - apenas a uma do registo de 2009 e com duas conquistadas já sem o seu lançador, Renshaw - e a entrada na história do ciclismo como o primeiro ciclista a vencer nos Campos Elísios por dois anos consecutivos devolveram o estatuto de melhor sprinter da actualidade a Mark Cavendish.

Cavendish venceu cinco etapas neste Tour

N de Neutralização. A segunda etapa do Tour 2010 terminou neutralizada após a descida de Stockeu - húmida e, aparentemente, coberta de óleo - ter feito razia no pelotão, com três quartos dos ciclistas a caírem. A queda aparatosa dos irmãos Schleck deixou-os muito atrasados em relação aos restantes favoritos mas, comandado pelo carismático Fabian Cancellara (Saxo Bank), de amarelo nesse dia, o pelotão fez um compasso de espera e os luxemburgueses terminaram a etapa integrados no grupo principal. A chegada à meta não teve sprint em sinal de protesto e a organização foi obrigada a neutralizar a etapa.

O de Orgulho. Se já no ano passado se aplicara a palavra "orgulho" para fazer referência à participação portuguesa no Tour, este ano há razões ainda maiores para a repetir. Numa altura em que a modalidade em Portugal se encontra seriamente afectada pelos casos de doping internos, são os nossos "emigrantes" que continuam a entusiasmar o público nacional. Com Manuel Cardoso (Footon-Servetto) a juntar-se a Sérgio Paulinho (Radioshack) e Rui Costa (Caisse d'Épargne), o contigente português atingiu uma dimensão como há muito já não se via. Embora o estreante tenha tido azar - abandonou na sequência de uma queda grave no prólogo -, Sérgio Paulinho brilhou ao conquistar a 10ª etapa e terminou na 46ª posição ga geral, 1h25'43'', enquanto Rui Costa se concentrou em cumprir o objectivo de chegar a Paris, o que conseguiu no 73º posto final, a 2h12'28''. Com o seu lugar no pelotão internacional cimentado, esperamos vê-los novamente no Tour do próximo ano - e, de preferência, com a companhia de Tiago Machado, colega de equipa de Paulinho na Radioshack.

Petacchi surpreendeu ao conquistar a camisola verde

P de Petacchi, o vencedor da camisola verde. No início do Tour, não havia um único comentador que apontasse 'Alejet' como um sério candidato à classificação por pontos - aos 36 anos de idade e sem uma vitória na Volta a França desde 2003, como poderia alcançar o objectivo que falhara quando estava no pico da carreira? O ciclista da Lampre foi oportunista na primeira etapa, confirmou o bom momento de forma com um segundo triunfo na quarta etapa, foi regular em todos os outros sprints colectivos e ultrapassou as montanhas para chegar pela primeira vez a Paris com a camisola mais desejada pelos sprinters. Em suma, a máxima "veni, vini, vinci" aplica-se bem ao veterano italiano - esperemos apenas que a investigação de que está a ser alvo no seu país não venha a apagar a boa impressão deixada neste Tour.

Q de Quedas. A queda de maior impacto na prova foi, certamente, a de Frank Schleck na terceira etapa: se, por um lado, a estratégia do seu irmão Andy sofreu um rude golpe com o abandono forçado em virtude dee uma clavícula partida, por outro, os restantes favoritos ficaram presos na confusão e o mais novo dos Schlecks recuperou tempo precioso. Contudo, nem Andy escapou às quedas numa primeira semana de prova absolutamente massacrante para todo o pelotão, com muitos a prosseguirem em prova com mazelas graves - por exemplo, Tyler Farrar (Garmin) e Cadel Evans (BMC), de pulso e cotovelo fracturados, respectivamente.

R de Radioshack. Apesar de ter subido ao pódio de Paris como vencedora da classificação por equipas, a Radioshack teve uma estreia decepcionante na Volta a França. Este Tour não era para "velhos" mas as quatro estrelas da equipa comandada por Johan Bruyneel - Armstrong, Horner, Leipheimer e Klöden - já têm todas mais de 35 anos, tendo visto as suas dificuldades em seguir com os jovens Contador e Schleck acentuadas por quedas e percalços mecânicos. No final das contas, acabou por ser o "domestique" Sérgio Paulinho a salvar a honra do convento com o seu triunfo na 10ª etapa enquanto Chris Horner foi o único a terminar no top ten da geral.

S de Schleck. Se há alguém capaz de bater Contador, é Andy Schleck. O ciclista da Saxo Bank - traído pela corrente da sua bicicleta num momento decisivo da prova - ficou a uns escassos 39'' de conquistar a desejada camisola amarela. Contudo, o luxemburguês não deve sentir-se desiludido já que se afirmou como nunca no Tour: igualou Jan Ullrich ao conquistar a camisola branca pela terceira vez, estreou-se nas vitórias em etapas da mais famosa prova velocipédica mundial - e logo com dois triunfos, em Morzine-Avoriaz e no alto do Tourmalet -, andou de amarelo durante seis etapas e demonstrou que, embora o seu irmão Frank seja uma importante mais-valia, não depende dele para fazer frente a Contador. Ainda não foi desta mas poucos duvidarão que Schleck está destinado a vencer pelo menos uma Volta a França - a rivalidade com Contador nos próximos anos é prometedora...

Schleck encostou Contador às cordas

T de Twitter. Nem o Tour é imune à era da informação: com o Twitter como meio privilegiado, os ciclistas tomaram de assalto a comunicação social e estreitaram a relação com os fãs. A tendência lançada por Lance Armstrong ainda no ano passado ganhou novo impulso este ano, com mais de uma vintena de ciclistas - entre os quais Contador, os Schlecks, Evans, Sastre, Klöden, Leipheimer, Basso, etc. - a comentarem o dia-a-dia da corrida. As pinturas personalizadas das bicicletas, os estragos causados pelas quedas, as críticas à organização, os quartos de hotel, a comida, os amigos no pelotão... tudo ficou registado no Twitter, abrindo uma janela inédita sobre os bastidores da prova-rainha do ciclismo mundial.

U de Ultracombatividade. A designação correcta é "supercombatividade" mas, à falta de um facto de relevo para a presente letra e com as restantes opções lotadas, faz-se a adaptação para dar o merecido destaque ao prémio conquistado por Sylvain Chavanel. O francês da Quick Step coroou as fugas na segunda e sétima etapas com vitórias e a conquista da camisola amarela mas nem por isso ficou satisfeito, continuando sempre à procura de mais uma hipótese de brilhar. Com tanta garra e sentido de oportunidade, o epíteto de supercombativo atribuído pelo júri da Volta a França cai-lhe que nem uma luva.

Vino venceu uma etapa no Tour 2010

V de Vinokourov. Após dois anos de suspensão na sequência de um controlo anti-doping positivo no Tour 2007, o 'leopardo branco' regressou às estradas da mais famosa prova velocipédica do mundo - e deixou a sua marca com um excelente triunfo na 13ª etapa. No dia anterior, um ataque de Contador - seu colega de equipa na Astana - privara-o, muito provavelmente, da tão desejada vitória mas 'Vino' não baixou os braços e voltou a tentar logo na jornada seguinte, tendo visto o seu ataque a sete quilómetros da meta premiado com a conquista da etapa. A sombra do doping ainda não se desvaneceu mas a verdade é que o cazaque - 16º classificado final - continua a proporcionar grandes momentos de espectáculo no ciclismo.

W de Wanze - Arenberg Port du Hainaut, a célebre e polémica etapa dos seis sectores de pavé. Vários ciclistas criticaram a inclusão deste percurso de homenagem às clássicas do norte numa prova de três semanas, argumentando que os principais favoritos poderiam perder o Tour por um azar no pavé ainda antes de chegarem ao habitual palco de desisões que são as montanhas. Se, por um lado, o desenlace da etapa acabou por lhes dar razão - entre outros incidentes, Frank Schleck abandonou com a clavícula fracturada e um furo ditou o início do fim das aspirações de Lance Armstrong -, por outro, a incursão nas tortusosas estradas do "Inferno do Norte" rendeu espectáculo e emoções fortes. O raciocínio dos ciclistas é falacioso já que quedas e problemas mecânicos também acontecem nas boas estradas e em nenhum ponto o regulamento estipula que a Volta a França se decide obrigatoriamente nas montanhas. Mais, se o pavé é um elemento do ciclismo de estrada, não há razão alguma para que não seja incluído pontualmente no Tour - o público certamente agradece.

Cancellara liderou a Saxo Bank nos sectores de pavé

X de Xavier Florencio. Dos 198 inscritos na Volta a França, o ciclista da Cervélo foi o primeiro a ficar de fora da competição. O espanhol nem sequer chegou a entrar em prova já que foi suspenso pela própria equipa na véspera do prólogo em virtude se ter automedicado com um produto que continha efederina. Contudo, a rápida decisão da Cervélo de excluir Florencio não foi recompensada com a autorização por parte da organização para o substituir - a equipa suíça alinhou assim na partida em Roterdão com apenas oito ciclistas.

Y de Yaroslav Popovych, um dos mais notáveis "aguadeiros" do pelotão. Nem todos os ciclistas vão ao Tour para ganhar o que quer que seja mas o sucesso dos melhores depende em grande parte da ajuda de homens como o ucraniano da Radioshack. 'Popo', que até já terminou uma vez no top ten da Volta a França - foi oitavo na edição de 2007 -, ficou-se pelo 85º posto final mas é digno de destaque por representar todos os ciclistas que esquecem as ambições pessoais e realizam um trabalho quase invisível em prol das respectivas equipas e líderes.

Z de Zaragatas. Este Tour não foi parco em confusões: teve cabeçadas, murros e traições entre colegas de equipa. Se Renshaw acabou expulso pelas cabeçadas que deu a Julian Dean durante o sprint, Carlos Barredo (Quick Step) e Rui Costa (Caisse d'Épargne) safaram-se de boa ao receberem apenas uma multa depois de se terem envolvido em cenas de pancadaria após cruzarem a meta da sexta etapa, com o espanhol a agredir o português com a roda dianteira da sua bicicleta. Estes dois casos foram visíveis a todos mas, na Ag2r, viveu-se uma situação igualmente complicada: na 15ª etapa, John Gadret recusou-se a dar a sua roda a Nicolas Roche - o melhor classificado da equipa - quando este furou a seis quilómetros da chegada ao alto, embora o irlandês tivesse prioridade na hierarquia da Ag2r. A julgar pelas duras palavras de Roche no seu blog, o ambiente na equipa francesa na última semana do Tour deve ter sido de cortar à faca...

Artigo de Margarida Martins
Publicado às 14:45


futebol nacional

blogobola

blogs

portais

clubes

modalidades



© Livre Indirecto 2006 | Desenhado por Pedro Lopes