TÉNIS
Masters Series de Hamburgo'08: o rei está de volta
» Nadal corrigiu derrota em Roma com o título em Hamburgo
Foto AP
A terra batida de Hamburgo foi palco de nova conquista de Rafael Nadal. O tenista espanhol venceu o 11º Masters Series da sua carreira -igualou Pete Sampras numa lista que é liderada por Andre Agassi (17 títulos)- e tornou-se apenas no segundo jogador a conseguir triunfar nos quatro mais importantes torneios da temporada do pó-de-tijolo (Roland Garros, Roma, Monte Carlo e Hamburgo).
Na final de hoje, frente ao suíço Roger Federer, Nadal voltou a exibir toda aquela solidez mental, aquela crença, aquela garra que fazem dele um dos melhores jogadores do mundo, sem dúvida o melhor quando actua neste tipo de piso.
O primeiro set começou com sinal mais de Federer. O nº1 mundial entrou decidido a controlar as operações, preparando sempre muito bem os pontos, ora para concluí-los junto à rede, ora para disparar um indefensável winner de fundo do court. Nesta fase, Nadal parecia bem desconfortável no seu território predilecto e apresentava evidentes sinais de fadiga, graças à sensacional batalha (7-5, 2-6 e 6-2) travada com Novak Djokovic na véspera.
Num ápice, Federer adiantou-se para 5-1 e dispôs mesmo de uma bola de set, momentos depois de Nadal ter comunicado ao juíz-de-cadeira que necessitava de assistência do fisioterapeuta. No entanto, o maiorquino nunca se deu por derrotado e acabaria mesmo por conseguir recuperar um dos dois breaks de desvantagem, antes da tal pausa regulamentar de 3 minutos.
De volta ao court, um pouco mais solto, Nadal prosseguiu a sua magnífica remontada, assente na receita de sempre: muita regularidade, excelente capacidade defensiva e muita pressão na pancada de esquerda de Federer, por esta altura já bem menos eficaz. Como resultado, recuperou sensacionalmente de um 5-1 negativo para vencer esse primeiro parcial, por 7-5.
E se as coisas pareciam más para um desmoralizado Federer, haveriam de ficar ainda piores. O detentor do título viu o adversário quebrar-lhe o serviço logo de entrada no segundo set e parecia caminhar a passos largos rumo ao precipício. Porém, para gáudio dos espectadores que encheram as bancadas da Am Rothenbaum arena, tal não veio a acontecer.
O suíço conseguiu o contra-break e acabaria mesmo por adiantar-se para 4-1, primeiro, e 5-2, posteriormente. No entanto, tal como acontecera no set inaugural, não foi capaz de resolver o assunto a seu favor e, minutos mais tarde, enfrentou um delicado 0-40 no seu serviço, com o marcador a 5-5. Escapou por pouco e, com toda a justiça, acabou mesmo por arrebatar a segunda manga, com 7-3 no tie-break.
Por esta altura, iam já decorridas 2h10 de jogo e o cansaço ameaçava ser um sério entrave às pretensões de Nadal. Todavia, o espanhol continuou a lutar por cada ponto com a mesma intensidade de sempre, fiel à sua filosofia de jogo, e viu os seus esforços recompensados, triunfando por 6-3 na "negra", graças a uma única quebra de serviço conseguida no 4º jogo.
Com este título, Nadal somou 500 pontos para o ranking ATP (150 líquidos) e amealhou 360000€ para a sua conta pessoal, ao passo que Federer conquistou 350 pontos (na prática perdeu 150) e 180000€.
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A terra batida de Hamburgo foi palco de nova conquista de Rafael Nadal. O tenista espanhol venceu o 11º Masters Series da sua carreira -igualou Pete Sampras numa lista que é liderada por Andre Agassi (17 títulos)- e tornou-se apenas no segundo jogador a conseguir triunfar nos quatro mais importantes torneios da temporada do pó-de-tijolo (Roland Garros, Roma, Monte Carlo e Hamburgo).
Na final de hoje, frente ao suíço Roger Federer, Nadal voltou a exibir toda aquela solidez mental, aquela crença, aquela garra que fazem dele um dos melhores jogadores do mundo, sem dúvida o melhor quando actua neste tipo de piso.
O primeiro set começou com sinal mais de Federer. O nº1 mundial entrou decidido a controlar as operações, preparando sempre muito bem os pontos, ora para concluí-los junto à rede, ora para disparar um indefensável winner de fundo do court. Nesta fase, Nadal parecia bem desconfortável no seu território predilecto e apresentava evidentes sinais de fadiga, graças à sensacional batalha (7-5, 2-6 e 6-2) travada com Novak Djokovic na véspera.
Num ápice, Federer adiantou-se para 5-1 e dispôs mesmo de uma bola de set, momentos depois de Nadal ter comunicado ao juíz-de-cadeira que necessitava de assistência do fisioterapeuta. No entanto, o maiorquino nunca se deu por derrotado e acabaria mesmo por conseguir recuperar um dos dois breaks de desvantagem, antes da tal pausa regulamentar de 3 minutos.
De volta ao court, um pouco mais solto, Nadal prosseguiu a sua magnífica remontada, assente na receita de sempre: muita regularidade, excelente capacidade defensiva e muita pressão na pancada de esquerda de Federer, por esta altura já bem menos eficaz. Como resultado, recuperou sensacionalmente de um 5-1 negativo para vencer esse primeiro parcial, por 7-5.
E se as coisas pareciam más para um desmoralizado Federer, haveriam de ficar ainda piores. O detentor do título viu o adversário quebrar-lhe o serviço logo de entrada no segundo set e parecia caminhar a passos largos rumo ao precipício. Porém, para gáudio dos espectadores que encheram as bancadas da Am Rothenbaum arena, tal não veio a acontecer.
O suíço conseguiu o contra-break e acabaria mesmo por adiantar-se para 4-1, primeiro, e 5-2, posteriormente. No entanto, tal como acontecera no set inaugural, não foi capaz de resolver o assunto a seu favor e, minutos mais tarde, enfrentou um delicado 0-40 no seu serviço, com o marcador a 5-5. Escapou por pouco e, com toda a justiça, acabou mesmo por arrebatar a segunda manga, com 7-3 no tie-break.
Por esta altura, iam já decorridas 2h10 de jogo e o cansaço ameaçava ser um sério entrave às pretensões de Nadal. Todavia, o espanhol continuou a lutar por cada ponto com a mesma intensidade de sempre, fiel à sua filosofia de jogo, e viu os seus esforços recompensados, triunfando por 6-3 na "negra", graças a uma única quebra de serviço conseguida no 4º jogo.
Com este título, Nadal somou 500 pontos para o ranking ATP (150 líquidos) e amealhou 360000€ para a sua conta pessoal, ao passo que Federer conquistou 350 pontos (na prática perdeu 150) e 180000€.
