TOUR DE FRANCE
Etapa 14
» Contador leva a melhor a Rasmussen ao sprint
Foto REUTERS
A décima quarta etapa do Tour 2007 já entrou para a história da prova-rainha do ciclismo: a subida final ao Plateau-de-Beille proporcionou momentos de grande emoção, com os ataques a sucederem-se e Alberto Contador (Discovery Channel) e Michael Rasmussen (Rabobank) a demonstrarem que estão na Volta a França para vencer.
A etapa entre Mazamet e Plateau-de-Beille, a primeira nos Pirinéus, compreendia um percurso de 197 quilómetros de extensão, com uma subida de segunda categoria e duas de categoria especial. Após a passagem na contagem de segunda categoria, logo nos quilómetros iniciais da etapa, um sexteto de ciclistas conseguiu isolar-se na frente da corrida, chegando a ter mais de oito minutos de avanço sobre o pelotão. Contudo, com a entrada na subida ao Port de Pailhères (categoria especial), o grupo em fuga começou a desintegrar-se, enquanto no próprio pelotão Alexandre Vinokourov (Astana) começou a passar por dificuldades, acabando por ficar para trás pouco depois. Se o cazaque pagou caro o esforço no contra-relógio de ontem, à entrada para a subida final - 15,9 quilómetros a 7,8% de inclinação média - grande parte dos favoritos mantinham-se juntos ainda. E, como era esperado, foi aqui que a etapa começou a aquecer: com os ataques de Rasmussen e Levi Leipheimer (Discovery Channel), Andréas Klöden e Andrey Kashechkin (ambos da Astana) descolaram também do dito pelotão, enquanto o estreante Juan Mauricio Soler Hernandez (Barloworld) se revelava como um dos mais combativos daquele grupo, atacando repetidamente certamente a pensar na camisola de montanha. A cinco quilómetros do final, e com Antonio Colom (Astana) como único sobrevivente da fuga com cerca de meio minuto de vantagem sobre os perseguidores, Alberto Contador desferiu um ataque fortíssimo, ao qual apenas o camisola amarela conseguiu responder - Cadel Evans (Predictor-Lotto), Carlos Sastre (CSC) e Soler Hernandez ficavam para trás, com Leipheimer a conseguir "colar-se" novamente após uma quebra... A três quilómetros da meta, Contador e Rasmussen ultrapassaram Colom, com a vitória a ficar para ser discutida entre os dois. E, após 197 quilómetros de grande dificuldade, o primeiro lugar em Plateau-de-Beille - onde os históricos Marco Pantani e Lance Armstrong venceram em edições anteriores... - acabou por ser discutido ao sprint, com Alberto Contador a superar Rasmussen e a garantir a primeira vitória em etapas este ano para a Discovery Channel. O terceiro lugar, a 37'', foi um prémio justo para Juan Mauricio Soler Hernandez, com Levi Leipheimer a terminar no quarto posto, a 40'', e Carlos Sastre a terminar como quinto classificado, a 53'' do vencedor. Andréas Klöden conseguiu "recuperar" para terminar na sexta posição, a 1'52'', o mesmo tempo que Cadel Evans registou. Os companheiros de equipa Antonio Colom e Andrey Kashechkin terminaram respectivamente na oitava e nona posições, a 2'23'', com Yaroslav Popovych (Discovery Channel), Michael Boogerd (Rabobank) e Mikel Astarloza (Euskaltel-Euskadi) a cruzarem a linha de meta nas posições seguintes, todos a 3'06''.
Na classificação geral, Michael Rasmussen continua como líder, agora com Alberto Contador - segundo classificado, a 2'23'' - como o mais directo adversário. Cadel Evans desceu para a terceira posição da geral, agora a 3'04'' de Rasmussen, enquanto Levi Leipheimer ascendeu ao quarto lugar, a 4'29''. Andréas Klöden continua a manter-se entre os melhores, encontrando-se agora no quinto posto, a 04'38'' do camisola amarela. Apesar destes cinco ciclistas serem os que têm as probabilidades mais realistas de terminarem como vencedores da prova, vale a pena referir os restantes ciclistas que compõem o top ten actual: Carlos Sastre é sexto, a 5'50''; Andrey Kashechkin é o sétimo, a 6'58''; na oitava posição encontra-se Mikel Astarloza, a 08'25''; o nono posto pertence à "desilusão" Alejandro Valverde (Caisse d'Épargne), a 9'45''; e na décima posição está Popovych, a 10'55''. Quanto a Vinokourov, se ontem parecia ter reentrado na luta, hoje arrumou definitivamente: terminou apenas na 81ª posição, perdendo 28'50'', caindo em resultado para o 30º posto, a 34'12'' de Rasmussen. Na classificação da camisola branca, Contador continua como líder, somando 9'08'' de vantagem sobre o segundo classificado, Juan Mauricio Hernandez Soler. O colombiano é também o segundo classificado nas contas da camisola de montanha, encontrando-se a apenas dois pontos de Rasmussen, que lidera a classificação. Quanto à camisola verde, apesar dos dois sprints bonificados na etapa de hoje, o líder continua a ser Tom Boonen (Quick Step).
Em relação a Sérgio Paulinho (Discovery Channel), o português foi o 75º classificado na etapa - terminou 28'02'' para Contador e Rasmussen - e na geral caiu para a 78ª posição, a 1h30'22'' do líder.
A etapa de amanhã precede o segundo dia de descanso do Tour 2007 e ligará Foix a Loudenvielle - Le Louron: os 196 km que os ciclistas terão que percorrer incluem duas contagens de montanha de segunda categoria, duas de primeira categoria e ainda uma de categoria especial, ainda que a chegada à meta não seja feita "ao alto".
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A décima quarta etapa do Tour 2007 já entrou para a história da prova-rainha do ciclismo: a subida final ao Plateau-de-Beille proporcionou momentos de grande emoção, com os ataques a sucederem-se e Alberto Contador (Discovery Channel) e Michael Rasmussen (Rabobank) a demonstrarem que estão na Volta a França para vencer.A etapa entre Mazamet e Plateau-de-Beille, a primeira nos Pirinéus, compreendia um percurso de 197 quilómetros de extensão, com uma subida de segunda categoria e duas de categoria especial. Após a passagem na contagem de segunda categoria, logo nos quilómetros iniciais da etapa, um sexteto de ciclistas conseguiu isolar-se na frente da corrida, chegando a ter mais de oito minutos de avanço sobre o pelotão. Contudo, com a entrada na subida ao Port de Pailhères (categoria especial), o grupo em fuga começou a desintegrar-se, enquanto no próprio pelotão Alexandre Vinokourov (Astana) começou a passar por dificuldades, acabando por ficar para trás pouco depois. Se o cazaque pagou caro o esforço no contra-relógio de ontem, à entrada para a subida final - 15,9 quilómetros a 7,8% de inclinação média - grande parte dos favoritos mantinham-se juntos ainda. E, como era esperado, foi aqui que a etapa começou a aquecer: com os ataques de Rasmussen e Levi Leipheimer (Discovery Channel), Andréas Klöden e Andrey Kashechkin (ambos da Astana) descolaram também do dito pelotão, enquanto o estreante Juan Mauricio Soler Hernandez (Barloworld) se revelava como um dos mais combativos daquele grupo, atacando repetidamente certamente a pensar na camisola de montanha. A cinco quilómetros do final, e com Antonio Colom (Astana) como único sobrevivente da fuga com cerca de meio minuto de vantagem sobre os perseguidores, Alberto Contador desferiu um ataque fortíssimo, ao qual apenas o camisola amarela conseguiu responder - Cadel Evans (Predictor-Lotto), Carlos Sastre (CSC) e Soler Hernandez ficavam para trás, com Leipheimer a conseguir "colar-se" novamente após uma quebra... A três quilómetros da meta, Contador e Rasmussen ultrapassaram Colom, com a vitória a ficar para ser discutida entre os dois. E, após 197 quilómetros de grande dificuldade, o primeiro lugar em Plateau-de-Beille - onde os históricos Marco Pantani e Lance Armstrong venceram em edições anteriores... - acabou por ser discutido ao sprint, com Alberto Contador a superar Rasmussen e a garantir a primeira vitória em etapas este ano para a Discovery Channel. O terceiro lugar, a 37'', foi um prémio justo para Juan Mauricio Soler Hernandez, com Levi Leipheimer a terminar no quarto posto, a 40'', e Carlos Sastre a terminar como quinto classificado, a 53'' do vencedor. Andréas Klöden conseguiu "recuperar" para terminar na sexta posição, a 1'52'', o mesmo tempo que Cadel Evans registou. Os companheiros de equipa Antonio Colom e Andrey Kashechkin terminaram respectivamente na oitava e nona posições, a 2'23'', com Yaroslav Popovych (Discovery Channel), Michael Boogerd (Rabobank) e Mikel Astarloza (Euskaltel-Euskadi) a cruzarem a linha de meta nas posições seguintes, todos a 3'06''.
Na classificação geral, Michael Rasmussen continua como líder, agora com Alberto Contador - segundo classificado, a 2'23'' - como o mais directo adversário. Cadel Evans desceu para a terceira posição da geral, agora a 3'04'' de Rasmussen, enquanto Levi Leipheimer ascendeu ao quarto lugar, a 4'29''. Andréas Klöden continua a manter-se entre os melhores, encontrando-se agora no quinto posto, a 04'38'' do camisola amarela. Apesar destes cinco ciclistas serem os que têm as probabilidades mais realistas de terminarem como vencedores da prova, vale a pena referir os restantes ciclistas que compõem o top ten actual: Carlos Sastre é sexto, a 5'50''; Andrey Kashechkin é o sétimo, a 6'58''; na oitava posição encontra-se Mikel Astarloza, a 08'25''; o nono posto pertence à "desilusão" Alejandro Valverde (Caisse d'Épargne), a 9'45''; e na décima posição está Popovych, a 10'55''. Quanto a Vinokourov, se ontem parecia ter reentrado na luta, hoje arrumou definitivamente: terminou apenas na 81ª posição, perdendo 28'50'', caindo em resultado para o 30º posto, a 34'12'' de Rasmussen. Na classificação da camisola branca, Contador continua como líder, somando 9'08'' de vantagem sobre o segundo classificado, Juan Mauricio Hernandez Soler. O colombiano é também o segundo classificado nas contas da camisola de montanha, encontrando-se a apenas dois pontos de Rasmussen, que lidera a classificação. Quanto à camisola verde, apesar dos dois sprints bonificados na etapa de hoje, o líder continua a ser Tom Boonen (Quick Step).
Em relação a Sérgio Paulinho (Discovery Channel), o português foi o 75º classificado na etapa - terminou 28'02'' para Contador e Rasmussen - e na geral caiu para a 78ª posição, a 1h30'22'' do líder.
A etapa de amanhã precede o segundo dia de descanso do Tour 2007 e ligará Foix a Loudenvielle - Le Louron: os 196 km que os ciclistas terão que percorrer incluem duas contagens de montanha de segunda categoria, duas de primeira categoria e ainda uma de categoria especial, ainda que a chegada à meta não seja feita "ao alto".
