home

plantel

contactos

plantel

apoios









media

uteis

arquivos

estatísticas

On-line



eXTReMe Tracker




domingo, dezembro 31, 2006

LIVRES
'A' a 'Z' - 2006 em Revista


Fotos ARQUIVO

A de Asafa Powell. O velocista jamaicano baixou o recorde dos 100 metros para 9.77 segundos ainda em 2005 mas, já neste ano, conseguiu igualá-lo em duas ocasiões e venceu um total de dezasseis provas, completando os 100 metros em menos de 10 segundos por umas espantosas doze vezes! Apesar de ter falhado os Mundiais de Atletismo de 2005 por lesão, serão poucos os que duvidam que o jamaicano é o melhor velocista da actualidade.

B de Basquetebol. Foi um grande ano para as duas selecções ibéricas. Portugal, com Valentyn Melynchuk no comando, garantiu um apuramento inédito para a Fase Final do Europeu, enquanto a Espanha se sagrou campeã mundial no Japão. Apesar de não ter jogado a final, Pau Gasol foi a grande figura, tendo sido considerado o melhor jogador do evento. No país do basquetebol, os Miami Heat de Wade e O'Neal ganharam a NBA de forma inesperada, após terem estado a perder por 0-2 com os Dallas na final.

C de Caso Mateus. Foi motivo de conversa durante todo o defeso no futebol português. O «Caso Mateus» abalou a estrutura do futebol português, levou ao adiamento de jogos da primeira jornada dos campeonatos profissionais e chegou mesmo às altas instâncias do futebol mundial, com a FIFA a ameaçar suspender a selecção portuguesa e os clubes portugueses de todas as competições internacionais por causa do Gil Vicente ter recorrido a tribunais civis para solucionar uma matéria do foro desportivo. A utilização por parte dos gilistas do internacional angolano Mateus Galiano da Costa esteve no epicentro de todo este processo, que terminou com o clube de Barcelos a descer de divisão e a ceder o seu lugar no campeonato principal ao Belenenses.

D de Deco. O jogador naturalizado português continua a ser um vencedor ano após ano – ajudou o Barcelona a revalidar o título espanhol (e já vão quatro títulos nacionais consecutivos, considerando os dois que venceu pelo Porto antes de se transferir para a equipa catalã), conquistou a Liga dos Campeões pela segunda vez na sua carreira, marcou dois golos no jogo que deu a Supertaça Espanhola aos catalães, foi considerado pela FIFA o melhor jogador do Mundial de Clubes e confirmou-se como uma pedra basilar na campanha que levou Portugal à quarta posição no Campeonato do Mundo de Futebol.

E de Egipto. Em Fevereiro, a selecção egípcia conquistou a Taça das Nações Africanas, vencendo na final a Costa do Marfim na marcação das grandes penalidades após um empate a zero no fim do prolongamento. Curiosamente, o Egipto já tinha desperdiçado uma grande penalidade durante o jogo mas acabou por se superiorizar e vencer por 4-2. Ainda que não se tenha qualificado para o Mundial de Futebol, o Egipto voltou a brilhar em 2006 com a vitória do Al-Ahly, treinado por Manuel José, na Taça dos Campeões Africanos contra o SC Sfaxien (Tunísia) e posteriormente com o terceiro lugar alcançado no Mundial de Clubes FIFA.

F de FC Porto. No ano de 2006, os dragões sagraram-se campeões na liga portuguesa de futebol e conquistaram ainda a Taça de Portugal (dois títulos garantidos sob o comando de Co Adriaanse) e a Supertaça, esta com Rui Barros como treinador interino após a saída abrupta do técnico holandês. Com Jesualdo Ferreira agora no comando, o Porto segue na liderança do campeonato português e tem grandes possibilidades de conquistar o bicampeonato no próximo ano. Mudando de modalidade, destaque ainda para o pentacampeonato da equipa de hóquei em patins do Porto, demonstrando bem o seu domínio em Portugal neste desporto.

G de Adriano Gabiru, o jogador que garantiu o título para o Internacional de Porto Alegre no Mundial de Clubes ao marcar o único golo da final frente ao Barcelona. Foi o culminar de uma excelente época para o Inter, que em Agosto se sagrara campeão da Taça dos Libertadores pela primeira vez na sua história, vencendo o São Paulo na final.

H de Justine Henin-Hardenne. A tenista belga tem sido frequentemente afectada por lesões que nem sempre lhe permitem jogar ao seu nível mas os seis títulos conquistados este ano – incluindo a terceira vitória consecutiva em Roland Garros – permitiram-lhe terminar o ano como número um mundial do ténis feminino.

I de Itália. A “Squadra Azzurra”, liderada por Marcello Lippi, iniciou o Mundial na Alemanha rodeada de olhares desconfiados, tanto pelo escândalo do “Calciocaos” como pelos recentes fracassos nas grandes competições. Começou por ultrapassar o grupo que incluía Gana, Estados Unidos e República Checa, defrontando depois a Austrália (vitória por 1-0) e a Ucrânia (vitória por 3-0). A meia-final colocou a selecção italiana frente aos anfitriões e só com dois golos nos últimos minutos do prolongamento os transalpinos conseguiram assegurar a passagem à final para defrontar a França. Depois de um empate a uma bola que se manteve até ao fim do prolongamento, a selecção italiana venceu os gauleses por 5-3 na marcação das grande penalidades – superando o “trauma” de 94, quando perdeu nos penáltis contra o Brasil – e conquistou o Campeonato do Mundo de Futebol pela quarta vez na sua história.

J de Judo. O judo português esteve em grande destaque este ano, com vários atletas a conquistarem medalhas em diversas competições internacionais. Telma Monteiro foi a judoca que mais brilhou – obteve a medalha de ouro na categoria -52 kg no Campeonato Europeu de Seniores e Sub-23 e venceu a Supertaça do Mundo em Moscovo, entre outros excelentes resultados. Mas Leandra Freitas (medalha de bronze no Europeu de Juniores), Ana Cachola (medalha de ouro na categoria -70 kg no Campeonato da Europa sub-23), Pedro Dias (medalha de prata -66 kg na Taça do Mundo em Lisboa) e João Neto (medalha de ouro -81 kg também na Taça do Mundo em Lisboa), entre muitos outros, também estiverem em grande forma, começando a ganhar consistência a possibilidade de uma segunda medalha (e, porque não?, terceira ou quarta ou…) para o judo português já nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

K de Klaas Jan Huntelaar. O jovem avançado do Ajax foi a grande figura do «nosso» Europeu de Sub'21, vencido categoricamente pela Holanda. Goleador refinado, Huntelaar marcou 4 golos ao serviço da selecção holandesa (dois deles na final da prova) e, com a preciosa ajuda de Nicky Hofs, ajudou a Oranje a suceder à Itália na galeria de vencedores da competição de Esperanças. De salientar ainda que 'The Hunter' é o detentor da Bota de Ouro ESM, graças aos 33 golos apontados em 2005/06 ao serviço do clube de Amesterdão.

L de Lisboa-Dakar. Pela primeira vez desde que começou a ser organizado, a caravana do rali rumo a Dakar partiu de Portugal, muito em parte devido ao esforço de João Lagos. As verificações técnicas e o parque fechado em Lisboa atraíram tanto fãs como simples curiosos e as duas etapas em solo português foram também um sucesso, tanto em termos organizativos como em relação ao público. No final, na capital do Senegal, os grandes vencedores foram Luc Alphand, nos carros, Marc Coma, nas motas, e Vladimir Tchaguine – e também Portugal, que assegurou novamente a organização da partida da prova.

M de Michael Schumacher. O heptacampeão mundial de Fórmula 1 pôs um ponto final na sua carreira mas de certeza que 'Schumi' não sairá tão depressa dos livros de recordes da Fórmula 1: os dezasseis anos a correr entre os melhores permitiram-lhe tornar-se no piloto com maior número de vitórias (91) e de pole positions (68) de sempre, só para mencionar dois dos seus feitos mais relevantes. Foi campeão nas pistas mas também nas polémicas, desde do título perdido para Villeneuve em 1997, depois de ter tentado pôr o piloto canadiano fora de pista na última prova da época, até ao estratégico “estacionamento” do seu Ferrari na qualificação do Grande Prémio do Mónaco deste ano, provocando o final precoce da última volta de qualificação de Fernando Alonso. Depois de uma primeira metade de campeonato não exactamente boa, Schumacher concretizou uma recuperação brilhante, acabando por disputar o título até à última prova com Alonso. Não conseguiu conquistar o que seria o seu oitavo título mas saiu pela porta grande, como um campeão.

N de Nicky Hayden. Houve luta até ao final, muita emoção, pilotos que, de semana para semana, ora estavam na corrida pelo título ora ficavam virtualmente de fora mas, no fim da última prova de Moto GP do ano de 2006, quem se sagrou campeão foi o norte-americano Nicky Hayden, ao comando de uma Honda. Após um péssimo início de temporada e uma excelente recuperação, Valentino Rossi tinha tudo para conquistar o sexto título mundial consecutivo à partida para o último Grande Prémio mas uma má saída e um despiste deixaram o título à mercê de Hayden, que aproveitou da melhor forma a oportunidade.

O de Operação "Puerto". Dois dias antes do início da Volta a França 2006, estourou o escândalo: uma investigação levada a cabo em Espanha – denominada Operação ‘Puerto’ - implicava várias equipas e ciclistas no uso de substâncias ilegais, incluindo alguns favoritos como Ivan Basso e Jan Ulrich. Depois do veto à participação dos ciclistas implicados, surgiu a grande questão: no primeiro ano pós-Armstrong e com os principais favoritos de fora, como iria ser a Volta a França? Ao contrário do que muitos esperavam, foi uma das edições mais emocionantes de sempre, com Floyd Landis e Óscar Pereiro a surpreenderem ao terminar na primeira e segunda posição, respectivamente. O pior veio depois: dias após o final da prova, foi anunciado que uma das análises anti-doping do vencedor dera positivo. Landis afirma-se inocente mas, sendo-o ou não, o mal à modalidade está feito – quando parecia que a ‘limpeza’ estava em curso e depois de uma prova absolutamente extraordinária, que recuperara antigos adeptos e conquistara novos, o ciclismo voltou a cair num abismo obscuro...

P de Sérgio Paulinho. O ciclista português chegou a ser mencionado no âmbito da Operação Puerto mas rapidamente viu o seu nome ilibado e pode integrar a equipa da Astana na Vuelta ao lado de Alexander Vinokourov, que acabou por vencer a prova. Na décima etapa da Volta a Espanha – entre Avilés e Santillana del Mar –, Sérgio Paulinho escapou do pelotão e, nos metros finais, conseguiu superiorizar-se aos seus companheiros de fuga e vencer a etapa, sendo o primeiro português a conquistar uma etapa da Vuelta desde Joaquim Agostinho, em 1976. Terminou a prova na décima sexta posição e com a certeza que o seu lugar na história do ciclismo português já está mais do que conquistado.

Q de Quarenta anos depois. No Mundial de 66, e na primeira participação de Portugal em Mundiais, os Magriços terminaram num excelente terceiro lugar mas, até 2006, a nossa selecção não tinha voltado a brilhar a esse nível. Na Alemanha, Portugal igualou a chegada às meias-finais, depois de uma fase de grupos imaculada e dois jogos absolutamente épicos, frente à Holanda e à Inglaterra, mas, numa demonstração de que a história se repete para o bem e para o mal, a selecção francesa voltou a destruir-nos o sonho…

R de Roger Federer. O jogador suíço esteve praticamente imbatível em 2006, somando um total de 92 vitórias e 12 títulos, dos quais três Grand Slams – Open da Austrália, Wimbledon (quarta vitória consecutiva) e US Open –, sendo que, em Roland Garros, foi derrotado na final por Rafael Nadal. Não é de estranhar, assim, que Federer seja o número 1 da lista ATP e que seja já considerado por muitos o melhor tenista de sempre!

S de Sébastien Loeb, campeão do WRC pela terceira vez consecutiva e o primeiro, desde Ari Vatanen em 1981, a consegui-lo ao volante de um carro privado. Foi um ano perfeito para o piloto francês que, para além de ter terminado todas as provas em que participou nos dois primeiros lugares, ainda conseguiu bater o recorde de Carlos Sainz de 26 vitórias em provas do WRC – Loeb soma agora 28. Vale a pena ainda referir um pequeno detalhe: Loeb sagrou-se campeão mesmo tendo-se visto impedido de participar nas últimas quatro provas devido a ter partido o braço num acidente de BTT, demonstrando bem a supremacia do francês sobre o seu mais directo adversário, Marcus Grönholm.

T de Tomaz Morais. O treinador da selecção nacional de râguebi é, sem dúvida, um dos grandes responsáveis pelo apuramento de Portugal para os playoffs de acesso à Taça do Mundo de Râguebi de 15 de 2007 mas os jogadores – a maioria deles, estudantes e trabalhadores que jogam quase apenas por amor à ‘camisola’ – também merecem uma palavra de reconhecimento. No primeiro playoff, frente à Geórgia, Portugal não conseguiu vencer mas ainda há esperança, com um segundo playoff de repescagem contra Marrocos agendado já para Janeiro. Contudo, seja qual for o resultado, sabemos que o râguebi português tem futuro!

U de Ucrânia. Durante anos, a URSS esteve entre os grandes do futebol mas, quinze anos após a sua divisão, começa a surgir uma nova potência, a Ucrânia. Nos anos recentes, este país tem produzido não só bons valores futebolísticos – atente-se na qualidade de Shevchenko e Kalinichenko, por exemplo – mas tem também começado a alcançar resultados respeitáveis nas competições por selecções. O ano de 2006 provou isto mesmo: na sua primeira participação num Mundial de Futebol, a Ucrânia só foi eliminada nos quartos-de-final e justamente pela futura campeã, a Itália; já no Euro Sub-21, disputado em Portugal, a selecção ucraniana alcançou mesmo a final (na qual perdeu por 3-0 contra a Holanda) e deu a conhecer jogadores com grande potencial, com Milevskyi à cabeça da lista.

V de Vanessa Fernandes. A tri-atleta portuguesa brilhou ao mais alto nível ao longo de 2006, somando vitórias umas atrás das outras – participou em seis provas da Taça do Mundo e venceu-as todas, o que, somado aos seus resultados de 2004 e 2005, lhe permitiu igualar o recorde de doze vitórias consecutivas pertencente a Emma Carney. Para além de ter terminado a época como número um mundial, sagrou-se também campeã da Europa de Triatlo Sub-23 e Elite e vice-campeã mundial, nos Campeonatos em Lausanne. Uma época verdadeiramente a roçar a perfeição!

W de Tiger Woods. O jogador de golfe norte-americano voltou às grandes exibições e conseguiu ganhar seis provas do PGA Tour consecutivas – um feito que já alcançara em 1999/2000 mas que só outro jogador equiparou e outro superou em toda a história da modalidade. Depois de ter ganho o Campeonato PGA e o US Masters esta época, espera-se que possa repetir as quatro vitórias em Grand Slams de 2000/2001 já no próximo ano.

X de Liu Xiang. O primeiro chinês a ganhar uma medalha numa prova de atletismo nos Jogos Olímpicos (e logo de ouro!) continua a brilhar e, em 2006, baixou o seu próprio recorde do mundo nos 110 metros barreiras de 12,91 para 12,88 segundos, no Meeting de Lausanne. Foi, sem dúvida, um dos momentos do ano no atletismo e Xiang merece ser destacado pelo seu feito.

Y de Dwight Yorke, o jogador mais conhecido da Trinidade e Tobago e melhor "defesa" da fase de grupos do Mundial'2006, de acordo com os dados estatísticos apresentados pela FIFA. Os Soca Warriors, que foram acompanhados na estreia num Campeonato do Mundo também por Angola, Costa do Marfim, Gana, Togo e Ucrânia, tiveram uma prestação honrosa, arrancando um empate a zero contra a Suécia no primeiro jogo mas perdendo os dois seguintes, frente ao Paraguai (2-0) e Inglaterra (2-0).

Z de Zinedine Zidane. Se, no Mundial de 98, foi a estrela da selecção francesa com dois cabeceamentos para golo na final frente ao Brasil, desta vez foi à cabeçada que voltou a entrar nos livros de história do futebol – quem é que pode esquecer a investida de Zidane contra o peito de Materazzi em plena final do Mundial? Contudo, é altamente diminutivo caracterizar a sua carreira deste modo: este ano, um dos melhores jogadores da última década, e até mesmo de sempre, despediu-se do futebol mas, antes disso, demonstrou mais uma vez a sua qualidade, com excelentes exibições no Mundial. Para quem nunca viu futebol, a imagem que fica é a da célebre cabeçada; para quem adora futebol, o que fica é a saudade de ver jogar um futebolista simplesmente extraordinário!

Artigo de Livre Indirecto
Publicado às 15:28


futebol nacional

blogobola

blogs

portais

clubes

modalidades



© Livre Indirecto 2006 | Desenhado por Pedro Lopes