home

plantel

contactos

plantel

apoios









media

uteis

arquivos

estatísticas

On-line



eXTReMe Tracker




sexta-feira, abril 28, 2006

LIVRE OPINIÃO
Tempo Livre #14

» O Sonho Mora (no quarto) ao Lado

A profissão de futebolista é encarada, por grande parte dos jovens, como um sonho a atingir. O desejo de fama, pisar os melhores relvados, ganhar campeonatos nacionais e europeus, representar o seu país e alcançar troféus individuais não deixam o mais pessimista do jovem futebolista imune.

Muitas vezes, este sonho desvanece-se com os anos, outras vezes, apesar de convivermos quase diariamente com ele... fazemos parte dele sem o viver. O sonho mora no quarto ao lado. Os laços de família no futebol são uma componente vista por variadas vezes no futebol actual.
Grandes jogadores portugueses, que representaram a selecção, contam com irmãos que nunca passaram de um segundo plano, quer nos escalões secundários, quer em equipas de menor visão. João Vieira Pinto e Jorge Andrade são apenas dois exemplos.
O seu trajecto futebolístico fala por si, mas se mencionarmos Sérgio Pinto e Carlos Andrade, provavelmente não passarão de desconhecidos para o público em geral. O primeiro, andou pela Divisão de Honra ao serviço de Leça e Maia, por exemplo, enquanto o segundo jogou no escalão principal ao serviço do Salgueiros, mas actualmente está ao serviço do modesto Odivelas, da Série D da II Divisão.

No entanto, Portugal apresenta também casos em que a qualidade genética é distribuída de forma mais equitativa entre irmãos. Jorge Ribeiro e Nuno Ribeiro (Maniche), por exemplo. Companheiros de equipa, por exemplo, no Dínamo de Moscovo ambos são internacionais portugueses, embora Maniche tenha vindo a alcançar mais sucesso. Existe ainda o exemplo mais flagrante de todos. O autêntico clã Vidigal, em que quatro de cinco irmãos já alcançaram alguma visibilidade. Vidigal, ao serviço do Sporting, chamou a atenção para uma "equipa pessoal", onde figuram Lito (Belenenses), Toni Vidigal e Jorge Vidigal. Provavelmente único no futebol mundial.

Lá fora, Ronaldinho Gaúcho e Roberto Assis são um bom exemplo, mas a Holanda é pródiga neste tipo de situações. Os irmãos Koeman e os gémeos de Boer são dois exemplos. Estes últimos, de características diferentes, conviveram em dois grandes do futebol europeu, Ajax e Barcelona.
Nós, por cá, também temos os nossos "de Boer's". Quem não se lembra dos irmãos Neves? Jorge e Rui que fizeram uma boa parte da carreira ao serviço de Beira-Mar e Estrela da Amadora, respectivamente. Também Albertino (Marítimo) e Nelson (Sporting, Aston Villa, Porto, por exemplo) partilharam o estatuto de gémeos a disputar o mesmo campeonato.

As brincadeiras de criança entre irmão poderão passar por temas deste género... "quando formos grandes e deixarmos os milhares de adeptos em pé com as nossas jogadas..." e, realmente, alguns destes sonhos acontecem. Os traços genéticos são, por vezes, tão fortes que leva dois irmãos a terem sucesso no futebol profissional.
Outras vezes, apenas um consegue alcançar um nível meritório, enquanto o outro nunca conseguirá passar dos escalões secundários, como o irmão de Neca a correr risco de descida na Série F da III Divisão pelo Sesimbra. Por vezes, o sonho mora mesmo... no quarto ao lado.

Artigo de Rui Silva
Publicado às 00:23


futebol nacional

blogobola

blogs

portais

clubes

modalidades



© Livre Indirecto 2006 | Desenhado por Pedro Lopes