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quarta-feira, abril 26, 2006

LIVRE OPINIÃO
Tempo Extra #6

» Fim. Com os dois jogos de castigo aplicados pela Comissão Disciplinar da Liga de Clubes, acabou a carreira de Ricardo Sá Pinto, um futebolista que ficará para sempre ligado a um acto irreflectido perpetrado fora dos relvados. Daqui a uns anos, poucos recordarão o jogador que nos intervalos dos jogos da Real Sociedad queria saber o resultado do Sporting ou o homem que ajuda instituições de caridade sem levar televisões e jornais atrás. A carreira de Sá Pinto resumir-se-á ao «caso» Artur Jorge e a duas ou três situações de indisciplina que derivam da forma intensa com que vive cada partida; o homem passará sempre por indisciplinado e mau génio. No entanto, nesses momentos haverá, felizmente, alguém disposto a recordar que Sá Pinto não 'foi' só isso.

Quem me conhece sabe que nunca fui um grande admirador das qualidades futebolísticas de Sá Pinto, pesem os momentos sublimes que teve quer com a camisola verde-e-branca, quer ao serviço da Selecção Nacional - lembro-me, por exemplo, de exibições fantásticas contra o Real Madrid (em 1994 e em 2000) e golos soberbos marcados a V.Guimarães (94/95), Campomaiorense (95/96), Dinamarca (Euro'96) ou Gil Vicente (04/05). Pena as lesões não lhe terem proporcionado outros momentos e o terem dado como «acabado» para o futebol tão cedo.

Tendo em conta as duas últimas temporadas, guardarei a imagem de um jogador limitado tecnicamente (principalmente ao nível da recepção e capacidade de passe) mas ilimitado na entrega ao jogo e na dedicação ao clube. Arrisco-me mesmo a dizer que, na última década, contam-se pelos dedos de uma mão (João Pinto, Jorge Costa...) os jogadores que emprestaram ao futebol português mais esforço, dedicação e devoção que Ricardo Sá Pinto. Faltou-lhe mais glória, apenas isso.

Em suma, apesar do rótulo que muitos lhe colam, não é vergonha para ninguém ter um símbolo como Ricardo Sá Pinto. Podem acusar-me do que quiserem e ripostar da maneira que bem entenderem. Para mim, Sá Pinto representa muito mais que um acto repugnável. Representa a mística que o Sporting dificilmente recuperará nos próximos tempos.

Artigo de Da Rocha
Publicado às 17:57


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