LIVRE OPINIÃO
Tempo Livre #7
» Anderson Polga
Anderson Polga é um caso peculiar no futebol português. Em 2003/2004, quando chegou ao Sporting vindo do Grémio de Porto Alegre, veio rotulado como o primeiro campeão do mundo a jogar em Portugal. A contratação foi unanimemente apontada como boa e serviu para uma boa quota de sportinguistas troçar o seu clube rival, visto este ter demonstrado interesse em Polga.
A carreira do brasileiro ao serviço do Sporting é inconstante. Deslizes fatais, férias prolongadas, problemas com Peseiro, cortes providenciais e zero golos marcados. Contudo, não se pede a um central que marque golos. Depois de um período de adaptação de alguns meses no Sporting, em que não foi aposta de Fernando Santos, Anderson Polga conquistou o lugar a que tinha direito.
Com excelentes exibições que coincidiram com a série de nove vitórias consecutivas no campeonato (entre os empates caseiros com Rio Ave e o Porto de Mourinho), Polga destacou-se por um impressionante tempo de corte e excelente colocação no terreno. De certa forma, fazia lembrar o argentino Quiroga antes da lesão de Bolonha. Daí para cá, as exibições do brasileiro têm desiludido os sportinguistas. Extremamente irregular, com casos de indisciplina e férias prolongadas que parecem culminar com a renovação do contrato fazem de Polga um central que está longe do que já conseguiu mostrar.
» Luisão
O central do Benfica é Anderson também, mas o nome futebolístico coaduna-se com a impressionante estampa física que demonstra em campo - Luisão. O gigante Luisão atravessou um período de adaptação mais complicado que o do seu colega. Internacional também, chegou ao Benfica vindo do Cruzeiro. As primeiras aparições no onze do Benfica foram catastróficas. A falta de entrosamento e algumas lesões atormentavam-no e faziam de Luisão o 4º central da equipa de Camacho, preterido em relação a Argel, Ricardo Rocha e Hélder. Curiosamente, Luisão fez parte da equipa principal dos três encontros em que o Benfica sofreu três golos nesse campeonato - Belenenses no Jamor, Sporting na Luz e Nacional na Choupana. Com problemas físicos, Luisão vivia na sombra de Polga, relativamente a centrais brasileiros.
No entanto, em perfeitas condições, Luisão tornou-se, na época passada um dos pilares mais importantes do título. A personalidade forte de Luisão, capaz de aglutinar em si o brio e entrega de todos os jogadores, Luisão foi decisivo tanto a atacar como a defender. Com presenças regulares no escrete, Luisão cumpre a tradição de centrais brasileiros no Benfica. É, indiscutivelmente, o central mais importante a jogar em Portugal. Possivelmente, o melhor. Um "gigante" do Benfica.
» Pedro Emanuel
Da América do Sul para África, encontramos o país que viu nascer Pedro Emanuel - Angola. Longe dos destaques internacionais dos dois brasileiros, Pedro Emanuel tem uma carreira que espelha na perfeição o que representa enquanto jogador - personalidade, luta e determinação.
O central do Porto iniciou a carreira em clubes de divisões secundárias (Marco, Ovarense e Penafiel), antes de ser recrutado pelo Boavista em 1995/1996. Nas seis épocas que representou o Boavista, Pedro Emanuel atravessou muitas dificuldades, mas a determinação que emprega em cada jogada, o espírito de luta e a vontade de alcançar o objectivo fizeram do jogador um dos preferidos de Pacheco.
Campeão pelo Boavista, José Mourinho escolheu-o para o "seu" Porto. Com Ricardo Carvalho e Jorge Costa, Pedro Emanuel não teria vida fácil. Contudo, o seu profissionalismo fez com que continuasse a trabalhar e correspondesse sempre que foi chamado. Bi-campeão nacional e vencedor de duas taças europeias, Pedro Emanuel resistiu impune à debandada da espinha dorsal campeã, sendo agora, juntamente com Baía, um dos símbolos do Porto ao serviço do clube. Com 30 anos, Pedro Emanuel evidencia ainda uma frescura mental que faz prever que prolongue a carreira por mais 5/6 anos. Com o espírito do Porto bem assimilado, é actualmente o melhor central da equipa de Adriaanse.
Anderson Polga é um caso peculiar no futebol português. Em 2003/2004, quando chegou ao Sporting vindo do Grémio de Porto Alegre, veio rotulado como o primeiro campeão do mundo a jogar em Portugal. A contratação foi unanimemente apontada como boa e serviu para uma boa quota de sportinguistas troçar o seu clube rival, visto este ter demonstrado interesse em Polga.A carreira do brasileiro ao serviço do Sporting é inconstante. Deslizes fatais, férias prolongadas, problemas com Peseiro, cortes providenciais e zero golos marcados. Contudo, não se pede a um central que marque golos. Depois de um período de adaptação de alguns meses no Sporting, em que não foi aposta de Fernando Santos, Anderson Polga conquistou o lugar a que tinha direito.
Com excelentes exibições que coincidiram com a série de nove vitórias consecutivas no campeonato (entre os empates caseiros com Rio Ave e o Porto de Mourinho), Polga destacou-se por um impressionante tempo de corte e excelente colocação no terreno. De certa forma, fazia lembrar o argentino Quiroga antes da lesão de Bolonha. Daí para cá, as exibições do brasileiro têm desiludido os sportinguistas. Extremamente irregular, com casos de indisciplina e férias prolongadas que parecem culminar com a renovação do contrato fazem de Polga um central que está longe do que já conseguiu mostrar.
» Luisão
O central do Benfica é Anderson também, mas o nome futebolístico coaduna-se com a impressionante estampa física que demonstra em campo - Luisão. O gigante Luisão atravessou um período de adaptação mais complicado que o do seu colega. Internacional também, chegou ao Benfica vindo do Cruzeiro. As primeiras aparições no onze do Benfica foram catastróficas. A falta de entrosamento e algumas lesões atormentavam-no e faziam de Luisão o 4º central da equipa de Camacho, preterido em relação a Argel, Ricardo Rocha e Hélder. Curiosamente, Luisão fez parte da equipa principal dos três encontros em que o Benfica sofreu três golos nesse campeonato - Belenenses no Jamor, Sporting na Luz e Nacional na Choupana. Com problemas físicos, Luisão vivia na sombra de Polga, relativamente a centrais brasileiros.No entanto, em perfeitas condições, Luisão tornou-se, na época passada um dos pilares mais importantes do título. A personalidade forte de Luisão, capaz de aglutinar em si o brio e entrega de todos os jogadores, Luisão foi decisivo tanto a atacar como a defender. Com presenças regulares no escrete, Luisão cumpre a tradição de centrais brasileiros no Benfica. É, indiscutivelmente, o central mais importante a jogar em Portugal. Possivelmente, o melhor. Um "gigante" do Benfica.
» Pedro Emanuel
Da América do Sul para África, encontramos o país que viu nascer Pedro Emanuel - Angola. Longe dos destaques internacionais dos dois brasileiros, Pedro Emanuel tem uma carreira que espelha na perfeição o que representa enquanto jogador - personalidade, luta e determinação.O central do Porto iniciou a carreira em clubes de divisões secundárias (Marco, Ovarense e Penafiel), antes de ser recrutado pelo Boavista em 1995/1996. Nas seis épocas que representou o Boavista, Pedro Emanuel atravessou muitas dificuldades, mas a determinação que emprega em cada jogada, o espírito de luta e a vontade de alcançar o objectivo fizeram do jogador um dos preferidos de Pacheco.
Campeão pelo Boavista, José Mourinho escolheu-o para o "seu" Porto. Com Ricardo Carvalho e Jorge Costa, Pedro Emanuel não teria vida fácil. Contudo, o seu profissionalismo fez com que continuasse a trabalhar e correspondesse sempre que foi chamado. Bi-campeão nacional e vencedor de duas taças europeias, Pedro Emanuel resistiu impune à debandada da espinha dorsal campeã, sendo agora, juntamente com Baía, um dos símbolos do Porto ao serviço do clube. Com 30 anos, Pedro Emanuel evidencia ainda uma frescura mental que faz prever que prolongue a carreira por mais 5/6 anos. Com o espírito do Porto bem assimilado, é actualmente o melhor central da equipa de Adriaanse.
