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quinta-feira, agosto 04, 2005

LIVRE FRONTAL
Embaixadores de Portugal



O desporto é o ópio do povo. Promove heróis, destrona-os, idolatra-os e transforma-los em autênticos ícones de desportos, regiões, países, povos e continentes.

Nomes como Paavo Nurmi (fundista finlandês) e Emil Zatopek (fundista checoslovaco) serão sempre expoentes máximos de determinados desportos e símbolos de um país. Povos remetidos ao primitivismo pela pseudo-intelectual sociedade ocidental capitalista quebram os laços que os prendem ao futuro e começam a olhar o futuro com um olhar diferente. Vejamos o exemplo do povo aborígene que, nos Jogos Olimpícos de 2000, na Austrália alcançou, sem dúvida alguma o clímax ao ver Cathy Freeman (atleta australiana de origem aborígene) com a tocha olímpica para uns dias mais tarde conquistar uma medalha. Ao bom estilo de Pierre de Coubertin e da máxima "Citius, Altius, Fortius" é importante reunir e promover o bem-estar entre povos e costumes.

Também Lance Armstrong é dotado de uma inegável força mediática. Não só por ter igualado e superado (ainda que em épocas diferentes) Hinault, Merckx e Indurain, mas por representar para uma camada muito própria da humanidade um exemplo de luta contra adversidades. O cancro é uma realidade muito própria do nosso mundo e decerto que pelo mundo fora exemplos como este são valorizados por pacientes e responsáveis médicos. Algo que os faça continuar a lutar, a acreditar que é possível viver.

O Portugal salazarista viveu com uma tríade embaixadora do orgulho nacional: Fátima, Futebol e Fado. Durante muitos anos, Amália Rodrigues e Eusébio da Silva Ferreira foram símbolos da nossa cultura no estrangeiro.
Os tempos mudaram, Amália faleceu e Eusébio vai dando lugar ao aparecimento de novos ícones desportivos, nomeadamente futebolísticos: Figo ainda na década de 90 e Cristiano Ronaldo mais recentemente.

Contudo, Portugal vive agora, futebolisticamente um momento único da sua história. Também do lado de cá do campo, se começa a dar valor internacional aos nossos treinadores, ou melhor, ao treinador José Mourinho. Não directamente pelos troféus que conquista, mas pela representatividade que conquista por alcançar esses feitos. Esta semana foi considerado o melhor treinador da história do Chelsea, facto singular de portugueses no estrangeiro em que, até agora poderia resumir-se ao trabalho de Artur Jorge na selecção suiça (apuramento para o Europeu de 1996) e Carlos Queiroz na selecção sul-africana (apuramento para o Mundial de 2002, sendo afastado ainda antes do seu começo) - sem desprimor para os muitos treinadores portugueses que conquistam campeonatos africanos, centro-americanos e asiáticos como é exemplo Henrique Calisto no Vietnam.

José Mourinho é único. E agora é-o também na tão chamada "terra do futebol" - a Inglaterra. Foi com bastante agrado que verifiquei na última semana de Julho, em Helsinquia, nos nossos antípodas europeus encontrar alguém que ao perguntar-me de que país vinha reagiu rapidamente com um "....Rosé Mourinho....... is a god!!! Chelsea!"
O nome de Mourinho é badalado no mundo inteiro. É já um ícone de Portugal no mundo, um embaixador, estatuto que solidificou ao visitar o Médio-Oriente com direito a reportagem diante do Muro das Lamentações.
Com o virar do milénio, também as nossas referências no estrangeiro se alteram. José Mourinho e Cristiano Ronaldo são exemplos disso.

Por último, gostaria de deixar aqui o meu desagrado ao verificar o que se tem vindo a passar nos últimos meses na caixa de comentários deste blog. É incrível como gente teoricamente civilizada entra em jogos de insultos, críticas e irracionalidades de forma tão fácil.
A caixa de comentários é um espaço livre, não um espaço anárquico. Condeno tanto quem o provoca como quem reage. Apelo aqui à atenuação e, se possível, extinção das situações menos dignas do desporto, neste caso, o futebol.
Decerto que as opiniões serão sempre divergentes e que tentar-se-á sempre defender as nossas cores clubísticas, mas tudo tem limites. Respeitemo-los!

Artigo de Rui Silva
Publicado às 22:53


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