SELECÇÃO NACIONAL
A Alemanha fica já ali!..
Portugal 2-0 Eslováquia
(F. Meira 21', C. Ronaldo 42')
Antes da partida houve uma cerimónia de negação do racismo - "Racismo não, obrigado!" - com o pequeno indonésio Martunis, acompanhado pelo presidente da FIFA - Joseph Blatter -, a cumprimentar os 22 jogadores e a equipa de arbitragem dirigida pelo melhor árbitro da última década - o italiano Pierluigi Collina. O "ET" transalpino apitou o seu último jogo internacional no relvado do repleto Estádio da Luz. A Catedral encheu para ver um jogo decisivo da selecção de todos nós, e o jogo teve um ambiente simplesmente espectacular - aliás, a Luz cheia proporciona sempre ambientes fantásticos! Após os hinos, e ainda antes de a bola rolar, fez-se um minuto de silêncio - transformado em palmas... - em homenagem ao antigo central belenense José António.
Na equipa portuguesa houve várias mudanças face ao último jogo, precisamente em Bratislava. A defesa foi o sector que mais alterações sofreu: Miguel e Nuno Valente - nenhum deles foi convocado - foram substituídos nas laterais por Alex e Marco Caneira, e no centro Fernando Meira ocupou o lugar de Ricardo Carvalho. No meio-campo defensivo, Maniche manteve-se mas Costinha perdeu o seu lugar para o benfiquista Petit. A ponta-de-lança, Postiga perdeu o seu lugar para Pauleta, que hoje não apontou qualquer golo. Finalmente, e foi esta a alteração mais mediática, Luís Figo regressou à equipa titular da selecção 11 meses após a final do Euro 2004, ocupando a posição que foi de Hugo Viana em terras eslovacas. No conjunto eslovaco, apenas de destacar a presença de Jakubko no onze inicial, algo que não sucedera no jogo de Bratislava.
Portugal teve um início de jogo muito bom, com a defesa muito concentrada e a frente ofensiva bastante dinâmica. O primeiro sinal de perigo apareceu ao minuto 8, com um remate de Deco em zona frontal, mas ligeiramente por cima da baliza defendida por Contofalsky. Apesar do ascendente luso, a primeira grande oportunidade surgiu junto da baliza de Ricardo: depois de um mau alívio de Meira, o médio Nemeth rematou forte, o guarda-redes português defendeu para a frente e o temível Mintal, com a baliza escancarada, atirou ao lado! O lance motivou ainda mais a selecção e, aos 21', o marcador seria inaugurado por Fernando Meira, após um sublime canto de Deco e de um útil desvio de Pauleta. A partir daqui, o jogo só deu Portugal, à excepção de um lance que causou alguns calafrios na área portuguesa, na sequência de um perigoso cruzamento de Hlinka. À passagem do minuto 38, Cristiano Ronaldo remata de fora da área mas o seu forte remate, embora dificilmente defendido por Contofalsky, acabou por só dar canto. Alguns minutos volvidos, e a jovem estrela madeirense bateu mesmo o guardião eslovaco, na marcação - soberba - de um livre directo descaído para a esquerda do ataque. O público da Luz foi ao rubro, e aos 44' Ronaldo tentou bisar mas Contofalsky segurou bem.
Ao intervalo, o resultado era justo: Portugal era uma selecção rápida, inteligente na ocupação dos espaços e na procura dos mesmos, e as suas principais individualidades estavam a fazer a diferença, perante uma Eslováquia fraquinha, quiçá assustada com a evidente superioridade portuguesa.
(F. Meira 21', C. Ronaldo 42')
Portugal deu hoje um passo de gigante rumo ao Mundial 2006, a realizar na Alemanha no próximo ano. A selecção portuguesa derrotou a sua congénere eslovaca por duas bolas a zero, e assume-se como o grande candidato a vencedor do Grupo 3 de qualificação.
Antes da partida houve uma cerimónia de negação do racismo - "Racismo não, obrigado!" - com o pequeno indonésio Martunis, acompanhado pelo presidente da FIFA - Joseph Blatter -, a cumprimentar os 22 jogadores e a equipa de arbitragem dirigida pelo melhor árbitro da última década - o italiano Pierluigi Collina. O "ET" transalpino apitou o seu último jogo internacional no relvado do repleto Estádio da Luz. A Catedral encheu para ver um jogo decisivo da selecção de todos nós, e o jogo teve um ambiente simplesmente espectacular - aliás, a Luz cheia proporciona sempre ambientes fantásticos! Após os hinos, e ainda antes de a bola rolar, fez-se um minuto de silêncio - transformado em palmas... - em homenagem ao antigo central belenense José António.
Na equipa portuguesa houve várias mudanças face ao último jogo, precisamente em Bratislava. A defesa foi o sector que mais alterações sofreu: Miguel e Nuno Valente - nenhum deles foi convocado - foram substituídos nas laterais por Alex e Marco Caneira, e no centro Fernando Meira ocupou o lugar de Ricardo Carvalho. No meio-campo defensivo, Maniche manteve-se mas Costinha perdeu o seu lugar para o benfiquista Petit. A ponta-de-lança, Postiga perdeu o seu lugar para Pauleta, que hoje não apontou qualquer golo. Finalmente, e foi esta a alteração mais mediática, Luís Figo regressou à equipa titular da selecção 11 meses após a final do Euro 2004, ocupando a posição que foi de Hugo Viana em terras eslovacas. No conjunto eslovaco, apenas de destacar a presença de Jakubko no onze inicial, algo que não sucedera no jogo de Bratislava.
Portugal teve um início de jogo muito bom, com a defesa muito concentrada e a frente ofensiva bastante dinâmica. O primeiro sinal de perigo apareceu ao minuto 8, com um remate de Deco em zona frontal, mas ligeiramente por cima da baliza defendida por Contofalsky. Apesar do ascendente luso, a primeira grande oportunidade surgiu junto da baliza de Ricardo: depois de um mau alívio de Meira, o médio Nemeth rematou forte, o guarda-redes português defendeu para a frente e o temível Mintal, com a baliza escancarada, atirou ao lado! O lance motivou ainda mais a selecção e, aos 21', o marcador seria inaugurado por Fernando Meira, após um sublime canto de Deco e de um útil desvio de Pauleta. A partir daqui, o jogo só deu Portugal, à excepção de um lance que causou alguns calafrios na área portuguesa, na sequência de um perigoso cruzamento de Hlinka. À passagem do minuto 38, Cristiano Ronaldo remata de fora da área mas o seu forte remate, embora dificilmente defendido por Contofalsky, acabou por só dar canto. Alguns minutos volvidos, e a jovem estrela madeirense bateu mesmo o guardião eslovaco, na marcação - soberba - de um livre directo descaído para a esquerda do ataque. O público da Luz foi ao rubro, e aos 44' Ronaldo tentou bisar mas Contofalsky segurou bem.
Ao intervalo, o resultado era justo: Portugal era uma selecção rápida, inteligente na ocupação dos espaços e na procura dos mesmos, e as suas principais individualidades estavam a fazer a diferença, perante uma Eslováquia fraquinha, quiçá assustada com a evidente superioridade portuguesa.
A segunda parte começou com uma jogada genial de Ronaldo - com um túnel à mistura - que acabou por ser inconsequente, mas que deixou os adeptos a sorrir. O jogador do Manchester estava endiabrado e aos 52', após receber passe de Figo, colocou, de calcanhar, para Pauleta mas o açoriano foi lento a pensar, tendo rematado já sob pressão e à figura do guarda-redes. Continuou o show-Ronaldo quando, aos 58', o extremo luso galgou mais de meio-campo e cruzou excelentemente para Pauleta que, de primeira, atirou para uma boa defesa de Contofalsky. O único remate da Eslováquia na segunda parte surgiu à passagem dos 70' com Kisel a atirar forte para boa defesa do tranquilo Ricardo. Cinco minutos depois, Figo tira dois eslovacos do caminho - com uma classe inconfundível - mas é travado em falta quando ficava isolado. Imediatamente a seguir, entrou Quaresma e saiu Ronaldo - os 64 mil adeptos que lotaram a Luz aplaudiram de pé a grande exibição do '17' português. Até final, apenas de registar as duas substituições efectuadas por Scolari: Pauleta foi rendido por Postiga, e Tiago substituiu Deco. Duas substituições a pensar na deslocação à Estónia...
Foi uma vitória indiscutível daquela que é a melhor selecção do Grupo 3 e, a jogar como hoje o fez, uma das melhores mundiais. Portugal tem uma série de individualidades únicas no mundo e consegue juntar a isso um naipe de jogadores laboriosos e com um excelente sentido táctico, como Maniche e Petit - e o inevitável Deco -, que fizeram hoje uma belíssima partida. Este foi, a par da recepção à Rússia, o melhor jogo pós-Euro e ficou mais uma vez demonstrada a força da selecção portuguesa que, a ganhar na Estónia, poderá já reservar as passagens para a Alemanha!
Em termos individuais, a selecção hoje merece nota 20. Na baliza, Ricardo esteve seguro a sair entre os postes e até teve uma importante defesa aos 16' quando podia ter surgido o 0-1. Nas laterais, tanto Caneira como Alex - depois de hoje, Miguel passou a ser mais ventável - tiveram grandes exibições, e no centro da defesa Meira e Andrade não deram hipóteses à dupla atacante eslovaca. No miolo, Petit e Maniche - especialmente o segundo - foram importantes a lançar a equipa para o ataque, contando com a ajuda do maestro Deco. Como refiro em baixo, Figo e Ronaldo tiveram exibições excelentes, e Pauleta esteve bem ao dar o golo a Meira. Em suma, toda a equipa se exibiu a um altíssimo nível, sobretudo se tivermos em conta que a maior parte dos jogadores realizou mais de 40 jogos esta época!
Uma nota final para Luís Figo. Não fui um dos apoiantes do regresso do (ainda) jogador do Real Madrid à selecção por motivos éticos - andaram os outros a correr para Portugal estar nesta posição privilegiada, e depois vem o galáctico recolher os louros... No entanto, isso não invalida que Figo continue a ser uma inquestionável mais-valia na selecção portuguesa, quer pelo seu valor desportivo, quer pela sua importante presença no balneário. Por mim, e desde que o justifique em campo - como hoje o fez -, Figo é muito bem-vindo à selecção das quinas!
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Melhor em Campo para o 'Livre Indirecto':
Cristiano Ronaldo - O lateral-direito da Eslováquia - Zabavnik - ainda não deve ter desatado metade dos nós que levou de Ronaldo ao longo dos 76 minutos em que este esteve em campo. A nova estrela do futebol português realizou uma exibição de gala, tendo presenteado o público da Luz com números artísticos espectaculares. No entanto, Ronaldo não foi só malabarista. O camisa '17' revelou-se mais objectivo do que é costume, abriu espaços para os seus companheiros, efectuou muito bons cruzamentos, rematou várias vezes e... marcou um golo fantástico! O testemunho de Figo está mais que passado...
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Em termos de classificação, Portugal passa a contar com 17 pontos, dispondo de uma vantagem de 3 pontos sobre os segundos classificados Eslováquia e Rússia, que hoje derrotou a Letónia - que tem 10 pontos e está numa situação difícil - por 2-0. Esta vantagem tem um significado maior pois é certo que Portugal terá vantagem no confronto directo com ambas as selecções... Se a selecção lusa vencer a Tallin e ganhar ao Luxemburgo em casa, poderá jogar na Rússia tranquila e sem pressões, sabendo que o passaporte para a Alemanha estará quase, quase garantido...
Foi uma vitória indiscutível daquela que é a melhor selecção do Grupo 3 e, a jogar como hoje o fez, uma das melhores mundiais. Portugal tem uma série de individualidades únicas no mundo e consegue juntar a isso um naipe de jogadores laboriosos e com um excelente sentido táctico, como Maniche e Petit - e o inevitável Deco -, que fizeram hoje uma belíssima partida. Este foi, a par da recepção à Rússia, o melhor jogo pós-Euro e ficou mais uma vez demonstrada a força da selecção portuguesa que, a ganhar na Estónia, poderá já reservar as passagens para a Alemanha!
Em termos individuais, a selecção hoje merece nota 20. Na baliza, Ricardo esteve seguro a sair entre os postes e até teve uma importante defesa aos 16' quando podia ter surgido o 0-1. Nas laterais, tanto Caneira como Alex - depois de hoje, Miguel passou a ser mais ventável - tiveram grandes exibições, e no centro da defesa Meira e Andrade não deram hipóteses à dupla atacante eslovaca. No miolo, Petit e Maniche - especialmente o segundo - foram importantes a lançar a equipa para o ataque, contando com a ajuda do maestro Deco. Como refiro em baixo, Figo e Ronaldo tiveram exibições excelentes, e Pauleta esteve bem ao dar o golo a Meira. Em suma, toda a equipa se exibiu a um altíssimo nível, sobretudo se tivermos em conta que a maior parte dos jogadores realizou mais de 40 jogos esta época!
Uma nota final para Luís Figo. Não fui um dos apoiantes do regresso do (ainda) jogador do Real Madrid à selecção por motivos éticos - andaram os outros a correr para Portugal estar nesta posição privilegiada, e depois vem o galáctico recolher os louros... No entanto, isso não invalida que Figo continue a ser uma inquestionável mais-valia na selecção portuguesa, quer pelo seu valor desportivo, quer pela sua importante presença no balneário. Por mim, e desde que o justifique em campo - como hoje o fez -, Figo é muito bem-vindo à selecção das quinas!
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Melhor em Campo para o 'Livre Indirecto':
Cristiano Ronaldo - O lateral-direito da Eslováquia - Zabavnik - ainda não deve ter desatado metade dos nós que levou de Ronaldo ao longo dos 76 minutos em que este esteve em campo. A nova estrela do futebol português realizou uma exibição de gala, tendo presenteado o público da Luz com números artísticos espectaculares. No entanto, Ronaldo não foi só malabarista. O camisa '17' revelou-se mais objectivo do que é costume, abriu espaços para os seus companheiros, efectuou muito bons cruzamentos, rematou várias vezes e... marcou um golo fantástico! O testemunho de Figo está mais que passado...
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Em termos de classificação, Portugal passa a contar com 17 pontos, dispondo de uma vantagem de 3 pontos sobre os segundos classificados Eslováquia e Rússia, que hoje derrotou a Letónia - que tem 10 pontos e está numa situação difícil - por 2-0. Esta vantagem tem um significado maior pois é certo que Portugal terá vantagem no confronto directo com ambas as selecções... Se a selecção lusa vencer a Tallin e ganhar ao Luxemburgo em casa, poderá jogar na Rússia tranquila e sem pressões, sabendo que o passaporte para a Alemanha estará quase, quase garantido...
