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segunda-feira, maio 09, 2005

LIVRE OPINIÃO
Emoção até ao fim

1. Jorge Perestrelo: Morreu o homem que relatava um jogo de futebol como se fosse um adepto fervoroso. Para quem, como eu, desliga o som da televisão e ouve o relato da TSF, a morte de Jorge Perestrelo é uma notícia triste. “Comigo... ripa na rapaqueca!”... “É disto que o meu povo gosta!”... “Qué qué isso, Oh meu?”... “Até eu, com a minha barriguinha... chegava e facturava!”. A forma emotiva como relatava os jogos europeus das “nossas” equipas e da selecção de todos de nós, ficarão para sempre na memória de todos os que vibram e gostam de futebol.
Dos seus relatos guardo dois episódios:
- Uma vez, aquando de um jogo do Porto, António Oliveira delegou no treinador de guarda-redes a tarefa de ir à sala de imprensa. O Perestrelo enfureceu-se, disse que aquilo era uma falta de respeito para com os jornalistas e todos os adeptos de futebol e assumiu a responsabilidade pela não captura de comentários dos responsáveis portistas.
- Outra vez, num jogo europeu do Benfica em que as coisas não estavam a correr pelo melhor, o João Pinto perdeu a bola em zona crítica e provocou um contra-ataque perigoso do adversário... o Perestrelo voltou a enfurecer-se: “Vai à merda... vai à merda João Pinto!”

2. F.C.Porto: Com uma primeira parte deitada ao lixo, o F.C.Porto praticamente hipotecou as possibilidades de chegar ao título, não conseguindo aproveitar o deslize do Benfica. Com dois centrais em clara falta de confiança, Leandro revelando-se um passador e Raul Meireles a tremer como varas verdes, só Diego, a espaços, conseguiu empurrar o Porto para a baliza do adversário. Após o reatamento, a equipa subiu de produção mas sempre em desespero e sem um fio de jogo aceitável.
Já era um dado adquirido que de entre as equipas que lutam pelo título, o F.C.Porto era a que menos merecia levantar o troféu. Ontem, ficou provado que as causas para os resultados da equipa na SuperLiga não podem ser descobertos no exterior, mais concretamente nas prestações dos adversários ou nas más prestações dos árbitros. Daquilo que o F.C.Porto se pode e deve queixar é de si próprio...

3. SuperLiga: As possíveis despromoções do Estoril e do Moreirense são boas notícias para o nosso futebol, por mais respeito que tenha por essas equipas. A despromoção do Beira-mar é mau para o futebol português, essencialmente porque é um clube estruturado, com um grupo financeiro a suportá-lo, com um estádio excelente e com um naipe de jogadores muito razoável. A Superliga espera o regresso dos aveirenses o mais rápido possível.
Quanto ao título e caso o Sporting vença o Vitória hoje à noite, iguala o Benfica no primeiro lugar, podendo enfrentar os rivais da Luz com a única necessidade de pontuar. O Benfica, tal como o F.C.Porto, tem que se queixar, e muito, de si próprio: Há 5 jornadas estava a 6 pontos do segundo... nestes 5 jogos conseguiu 2 vitórias muito sofridas frente ao Estoril e Belenenses, empatou em casa com o Leiria e perdeu em Penafiel e em Vila do Conde. Muito fraco para quem persegue um título que já lhe foge há demasiado tempo.

4. Arbitragens: Nos dois jogos mais relevantes e escaldantes que já se realizaram aconteceu aquilo que eu previra. Não porque as respectivas actuações tivessem sido escandalosas (no Penafiel-Benfica talvez tenha ficado um penalti por marcar), mas porque mais do que jogar todos se preocupam em pressionar as arbitragens... eu incluído. Os árbitros mas principalmente o conselho de arbitragem têm uma dose de leão de culpa neste aspecto. Os árbitros, porque as actuações que os vemos fazer são tão sofríveis que não inspiram confiança a nenhum adepto. O conselho de arbitragem porque numa fase crítica da Superliga não nomeia os melhores árbitros para os jogos mais transcendentes. As desculpas e insinuações de José Couceiro são absurdas, tal como o são as mais do que indirectas de Filipe Vieira e as obtusas análises de Dias da Cunha. Mas será a pressão prejudicial à arbitragem? Acho que sim... mas só para árbitros fracos e influenciáveis.
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Foto: Público

Artigo de Aníbal Letra
Publicado às 15:52


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